4ª MINISTRAÇÃO DE PREPARAÇÃO – TREINAMENTO E MOTIVAÇÃO

A ALEGRIA DE SER USADO POR DEUS

TEXTO CHAVE: “Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lucas 10.17)

INTRODUÇÃO: Depois de cumprirem sua missão, os setenta discípulos de Jesus voltaram “possuídos de alegria”. Essa é uma expressão bastante forte. Numa outra tradução diz “cheios de alegria”, o que também revela a intensidade do prazer que havia em seus corações após terem vencido o desafio que o Senhor lhes propusera.

Às vezes ficamos paralisados pelo medo ou pela timidez e não ousamos obedecer a Deus naquilo que Ele está nos enviando a fazer. Isso acontece porque consideramos os riscos em detrimento dos frutos. Pensamos negativamente, nos entregamos aos argumentos de nossa alma como falta de capacidade, falta de tempo e coisas do gênero e sequer tentamos fazer o que deve ser feito.

Num momento como o que estamos vivendo, quando o Espírito está nos dando a direção de lançarmo-nos ao evangelismo e sairmos a campo, batendo à porta dos corações em busca dos “filhos da paz”, precisamos encharcar a nossa mente com a motivação correta e permitir que os argumentos que realmente têm valor determinem nossa atitude.

  1. Temos muitos motivos para dizer “sim” ao chamado de Deus. O primeiro deles é honrarmos ao Senhor obedecendo. Jesus, certa vez, confrontou algumas pessoas, indagando: “Porque me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lucas 6.46). Faz todo sentido, você não acha? Se Ele nos deu uma ordem, nós o desonramos em não obedecer e isso já deveria ser suficiente para nos mover. Nossa fé não pode ser apenas de palavras, mas de atitudes (leia a parábola que está em Mateus 21.28-31). Quem vive o segredo da obediência tem primazia no reino de Deus.

Não pense, porém, que o ministério é uma carga pesada que temos que suportar em nome da fidelidade. Embora tenhamos desafios e lutas ao empreendermos as conquistas do reino, a verdade é que sermos usados por Deus produz uma intensa alegria em nossas vidas.

  • A ALEGRIA DA CONQUISTA VALE O PREÇO DO DESAFIO… Aqueles setenta discípulos que Jesus enviou eram novos convertidos, não tinham até então nenhuma experiência no contexto de pregarem o evangelho. A tarefa não foi simples. Eles encontrariam muito trabalho (conf. Lucas 10.2), pessoas difíceis (conf. Lucas 10.3), portas fechadas (conf. Lucas 10.10-11) e resistências demoníacas (conf. Lucas 10.17b). No entanto, eles não colocaram os olhos nisso, mas ousaram serem fieis à missão, e qual foi o resultado? “Voltaram os setenta possuídos de alegria” – (Lucas 10.17a). Depois de terem enfrentado todas as adversidades e vencido seus próprios receios, eles estavam cheios de prazer, pois a sensação de ser um instrumento nas mãos de Deus é maravilhosa! E perceba que a experiência de voltarem assim, cheios de gozo, não foi apenas de alguns, mas de todos os que obedeceram ao Senhor.
  • Quando você serve pelo prazer de servir, sua vida tem um poder sobrenatural. A alegria do Senhor é a nossa força (conf. Neemias 8.10b). O próprio Jesus “suportou a cruz em troca de uma alegria que lhe estava proposta” (conf. Hebreus 12.2). Mas porque a obediência gera tanto prazer?
  1. Em primeiro lugar porque a colheita traz em si um sentimento de realização (leia Salmos 126.6 e 3 João 1.4). Pessoas que têm um coração em Deus se entusiasmam com os frutos, veja o caso de Barnabé: Ele foi enviado pelos apóstolos de Jerusalém para Antioquia, e lá, num campo virgem, num tempo em que os crentes estavam sofrendo dura perseguição, ele viu muitas pessoas se convertendo. E qual foi sua reação? “Vendo a graça de Deus, alegrou-se” (conf. Atos 11.22-23). Homens e mulheres apaixonados por Deus têm prazer em verem a colheita! Apenas os que estão com o coração frio e cheio de egoísmo, como o profeta Jonas (leia Jonas 3.10; 4.1), não participam desse gozo celestial que até os anjos sentem quando pecadores recebem a salvação (veja Lucas 15.10).
  • QUANDO ANUNCIAMOS O EVANGELHO, INFLIGIMOS UMA DERROTA AO IMPÉRIO DAS TREVAS. Os setenta voltaram para Jesus, entusiasmados, dizendo: “Senhor, em teu nome até os demônios se nos submetem” – (Lucas 10.17b). E a resposta de Jesus foi mais impressionante ainda: “Eu via a Satanás cair do céu como relâmpago” – (Lucas 10.18). Ou seja, quando pregamos o evangelho, quando conquistamos casas para Deus, não só os demônios que ali atuavam são vencidos, mas o próprio Satanás é derrubado! Isso não é uma vingança maravilhosa? Nós, que um dia fomos fustigados pelo reino das trevas e que vemos o diabo produzindo tanta miséria em nossa geração, podermos estabelecer uma vitória contra ele e conquistar o território que estava em suas mãos!

c.         A salvação tem um valor imensurável. Jesus disse àqueles discípulos fieis: “Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.” – (Lucas 10.20). Em outras palavras, ter o nosso nome inscrito no livro da vida é um argumento maior que todos. Agora, imagine sermos instrumentos para escrever o nome de outras pessoas lá no rol da salvação! Foi por isso que Jesus não se conteve ao encerrar aquele momento. Diz a Bíblia: “Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.” – (Lucas 10.21). O privilégio desta hora é tremendo, não podemos perder esta oportunidade!