Filemom, uma carta para todos nós

Quebra-gelo: Quem estava na igreja nesse último domingo e ouviu palavra? Qual foi o tema?
Texto-base: Fm 1:1-25

De uma forma resumida vamos relembrar alguns pontos importantes que foi mencionado.
• O que Paulo representa? – a figura de um evangelista e a figura de figura de Cristo.
Com base em Mt 28:19-20, qual é a nossa missão? – Evangelizar, fazer discípulos.
Por que as pessoas não evangelizam?
Evangelizar não é algo muito atrativo porque exige de nós renúncias, investimentos, sacrifício e ousadia. “não tenho dom; sou tímido; já trabalho no ministério na Igreja; não tenho tempo; não sei falar; é para pastores e líderes; não conheço o Evangelho bem; não tenho recursos; vou orar para ver se é a vontade de Deus”.
O apóstolo Paulo era incansável no evangelismo. Ele não perdia tempo para falar do amor de Deus. Tudo leva a crer que o encontro de Paulo com Onésimo se deu na cadeia. Mesmo preso ele não se calava. Ele sabia que era através do Evangelho que as pessoas conheceriam o plano da salvação e poderiam ser salvas da condenação eterna 1 Co 9:19-22.

• O que Jesus representa para todos nós? – jesus é o salvador do mundo, aquele que veio para nos resgatar da condenação eterna. Que pagou o preço pelos nossos pecados Rm 3:23-24;

• O que representa Onésimo? – Uma mente escravizada, a figura do pecador – Rm 3:23. O homem sem Deus. Condenado ao inferno Mt 10:28. Guiado pelos seus desejos, Rm 6:12, o cristão ainda não transformado pelo evangelho Rm 12:2.

É possível estar dentro da igreja a ainda permanecer com uma mentalidade de escravo? No Vs. 2b “e à igreja que se reúne com você em sua casa: “Paulo se refere a Igreja que havia dentro da casa de Filemom. Embora fosse um escravo Onésimo vivia lá dentro. Participando de tudo. Embora hoje não exista mais escravidão física, muitos são escravos da própria mente. Augusto Cury disse em entrevista: “Nunca houve tantos escravos vivendo em sociedades livres. Só que as algemas não são mais físicas, são cárceres emocionais”

Esta pode ser a realidade que muitos estão vivendo hoje. Mesmo dentro da Igreja ainda é possível permanecer com uma mentalidade de escravo. Se a minha mente não passou por um processo de renovação, Rm 12:2. Mentalidade tem a ver com aquilo que eu era antes e quem sou hoje, como enxergo a vida, como eu me sinto e penso. Mentalidade de escravo leva as pessoas a viverem com uma falsa sensação de liberdade, mas continuam presas. Jesus fala sobre isso em João 8:34-36.
Como é a mentalidade de escravo? se isolando, faz tudo o que quer, é escravo dos próprios desejos, vive de maneira independente de Deus, posicionamento crítico, se compara o tempo todo, não tem iniciativa própria, só faz alguma coisa se for mandado, e quando faz, reclama

o tempo todo, vive fugindo dos desafios. Nunca se envolve nos ministérios, não tem vida de oração, leitura da palavra, não jejua, não prega a palavra, não tem bom testemunho, são orgulhosas e nunca se dobram.

Onésimo estava fugindo e certamente havia dado muito prejuízo a Filemom, mas o encontro de Paulo com Onésimo foi transformador. Passou de mentalidade de escravo para mentalidade de filho.

Mentalidade de filho – O filho não vive ansioso, porque sabe que o Pai sempre supre todas as suas necessidades e ouve as suas orações. O filho sabe que o Pai ouve suas orações. O filho não tem dificuldade em obedecer ao Pai. O filho sabe que tem autoridade, sabe que é filho do Rei e que tem poder dado por Ele para fazer a Sua vontade. Ele sabe que não tem apenas um lugar no reino, mas tem que lutar para que este reino seja implantado onde o Pai deseja. Ele pensa muito nas outras pessoas que o Rei ama, e quer abençoar. Ele tem ousadia, coragem e responde ao chamado do pai.

• O que representa Filemom? uma igreja que ama, perdoa e acolhe.
O papel da igreja é nos manter ligados a Deus, mas também nos manter ligados uns aos outros. O símbolo da cruz representa muito bem que estamos falando. “O vertical e o horizontal”.
O pedido de Paulo era que Filemom recebesse Onésimo não como escravo, mas como irmão, em outras palavras, que o perdoasse. “Vs 16 não mais como escravo, mas muito além de escravo, como irmão amado…”
Perdoar é sair de prisões. Os magoados não perdoam porque são prisioneiros de si mesmos. O perdão nos livra de uma culpa, uma ofensa, uma dívida, elimina qualquer ressentimento, raiva, rancor ou outro sentimento negativo sobre determinada pessoa ou por si próprio.
De acordo com Mt 6:12, perdão é mandamento. Precisamos aprender a pedir perdão, mas precisamos também a liberar perdão.
Perdoar a nós mesmos – é sair do sentimento autopunitivo.
Perdoar os outros – Quando eu decido perdoar estou saindo do sentimento condenativo e libertando a pessoa de dentro de mim.
Pedir perdão – pedir perdão é se humilhar diante de alguém pedindo uma chance.
O que acontece quando não liberamos perdão? – alimentamos ressentimentos como: Indiferença, Mágoa, Rancor, Raiva e ódio. Isso nos separa das pessoas nos levando a viver uma vida de solidão. Estudos comprovam que a falta de perdão pode desencadear doenças emocionais e físicas como depressão, dores musculares, hipertensão e até câncer.
Procure hoje mesmo resolver essas pendencias e tenha uma vida saldável tanto fisicamente como emocionalmente. O perdão é um exercício de misericórdia. Quem não perdoa está condenado ao inferno.
Qual dos três personagens mais nos identificamos? – Paulo, Onésimo ou Filemom? Estamos pregando a palavra de Deus? Somos de fato uma igreja amorosa e perdoadora? Estamos fugindo ou estamos retornando? Somos inúteis ou estamos servindo o Reino? Preciso pedir perdão ou liberar perdão?

Pr Marcos Pereira